Hino
Guaypacaré das eras coloniais
Surgida no roteiro das “bandeiras”
Que escalaram sertões e cordilheiras
A demandar as minas cataguases.
Do Paraíba à margem, teus pioneiros
Erigiram à Virgem uma ermida,
E entre bênçãos a terra protegida
Na Vila Hepacaré fez suas bases.
Estribilho
Oh! Terra das Palmeiras Imperiais,
Velho berço de Condes e Barões,
Ninguém de ti se esquecerá jamais,
Ao reviver as tuas tradições!
Do solo teu que o braço escravo arou,
Brotaram verde-rubros cafezais,
E pelo Vale, imensos canaviais,
Do teu progresso indústrias se tornaram.
Os teus heróis que a história consagrou
Batalharam por nobres ideais,
Na jornada imortal dos Liberais,
Intrépidos os filhos teus tombaram!
Estribilho
Oh! Terra das Palmeiras Imperiais…
Do teu passado, rico em tradições,
Cantamos no teu hino toda a glória,
Na exaltação da tua bela história,
A esta gente brava e varonil.
E contemplando as tuas gerações,
Oh! Lorena de outrora e do presente
Te confiamos nobre sonho ardente:
O esplêndido futuro do Brasil
Estribilho
Oh! Terra das Palmeiras Imperiais…
Brasão
Evoca os principais fatos de Lorena, antiga Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, na região da aldeia de Guaypacaré povoada pelos índios Puris, às margens do rio Paraíba do Sul. A peça principal do escudo, a barca, ao natural, sobre um rio prata, em campo azul simboliza a travessia do rio, junto às roças de Bento Rodrigues, pelos bandeirantes que iam em demanda da Serra da Mantiqueira e das terras dos “Cataguás”, que vieram a ser Minas Gerais. No alto do brasão, aparecem cinco escudetes, dos quais, o do centro se avantaja aos demais.
É este o do Conde de Sarzedas, Bernardo José de Lorena que, sendo capitão general de São Paulo, deu à Guaypacaré o predicamento de Vila, sob o nome de Lorena. Os dois escudetes à destra, trazem a flor de lis e a cruz, atributos da heráldica portuguesa e caracteres patronímicos de Rodrigues e Pereira, primeiros povoadores das terras do atual município, Bento Rodrigues e João de Almeida Pereira.
Os dois de senestra, evocam, com as arruelas e a esfera dos escudos dos Castros e Fialhos, a ação civilizadora de iminentes povoadores da região: os capitães-móres Manoel Pereira de Castro e Domingos Antunes Fialho. Do escudo central, brasão do Conde de Sarzedas, pende de uma laçaria e de um anel, a cruz heráldica chamada “de Lorena”, constituindo as “armas falantes” do município.
Como tenentes, à destra um bandeirante com seu gibão de armas característico, armado de arcabuz e à senestra, um soldado da guarda nacional da província de São Paulo em 1842, evoca a vultosa intervenção de Lorena na Revolução Liberal, dominada pelo Barão de Caxias. Sobre o entrançado de hastes de cana, a principal cultura do município, inscreve-se num listão a divisa: Patriae Magnitudini (Pela grandeza da Pátria). Ao alto, sobre o centro da coroa mural destaca-se um escudete azul com uma flor de lis, a evocar que o orago de Lorena é Nossa Senhora.