Brasão


Evoca os principais fatos de Lorena, antiga Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, na região da aldeia de Guaypacaré povoada pelos índios Puris, às margens do rio Paraíba do Sul. A peça principal do escudo, a barca, ao natural, sobre um rio prata, em campo azul simboliza a travessia do rio, junto às roças de Bento Rodrigues, pelos bandeirantes que iam em demanda da Serra da Mantiqueira e das terras dos “Cataguás”, que vieram a ser Minas Gerais. No alto do brasão, aparecem cinco escudetes, dos quais, o do centro se avantaja aos demais.

É este o do Conde de Sarzedas, Bernardo José de Lorena que, sendo capitão general de São Paulo, deu à Guaypacaré o predicamento de Vila, sob o nome de Lorena. Os dois escudetes à destra, trazem a flor de lis e a cruz, atributos da heráldica portuguesa e caracteres patronímicos de Rodrigues e Pereira, primeiros povoadores das terras do atual município, Bento Rodrigues e João de Almeida Pereira.

Os dois de senestra, evocam, com as arruelas e a esfera dos escudos dos Castros e Fialhos, a ação civilizadora de iminentes povoadores da região: os capitães-móres Manoel Pereira de Castro e Domingos Antunes Fialho. Do escudo central, brasão do Conde de Sarzedas, pende de uma laçaria e de um anel, a cruz heráldica chamada “de Lorena”, constituindo as “armas falantes” do município.

Como tenentes, à destra um bandeirante com seu gibão de armas característico, armado de arcabuz e à senestra, um soldado da guarda nacional da província de São Paulo em 1842, evoca a vultosa intervenção de Lorena na Revolução Liberal, dominada pelo Barão de Caxias. Sobre o entrançado de hastes de cana, a principal cultura do município, inscreve-se num listão a divisa: Patriae Magnitudini (Pela grandeza da Pátria). Ao alto, sobre o centro da coroa mural destaca-se um escudete azul com uma flor de lis, a evocar que o orago de Lorena é Nossa Senhora.